sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Meu Toca-Discos Se Matou

Me acordou de madrugada
Falando baixinho
Recordou
Miss Amanda Jones e seu passeio
Domingo ao parque
Como diriam nossos ancestrais
Se acaso fores é difícil de voltar
E ele girou, girou, girou
E não chegou a lugar nenhum
Meu toca-discos se matou
De solidão

terça-feira, 6 de novembro de 2007

See Emily Play


A foto acima é de Emily, a suposta inspiração para o primeiro hit do Pink Floyd: "See Emily Play". A encontrei num ótimo site sobre a história de Syd Barrett, com trechos do livro "Lost in the Woods". Conhecí bem a bizarra trajetória do fundador do Pink Floyd através de livros e revistas.


Enfim, I've got a bike, you can ride it if you like...

domingo, 14 de outubro de 2007

Poema velho

Gritar a dor que sente
transfere o murro na alma
aos ventos
captados nos buracos
de outrora
É dividir a dor a raiva
esfaqueando peitos
nas palavras
e a respiração retorna
ao fluxo esperado
sem machucar minha garganta
Necessidade de que o mundo
sinta essa dor que não mais me pertence
pertence ao mundo
de quem mente
a si engavetado no fundo.
Priscila Haydée

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

sábado, 6 de outubro de 2007

Sur la robe elle a un corps

Le corps de la femme est aussi bosselé que mon crane
Glorieuse si tu t'incarnes avec esprit les couturiers font un sot métier autant de la phrénologie mes yeux sont des kilos qui pèsent la sensibilité des femmes tout ce qui fuit, saille avance dans la profondeur. Les étoiles creusent le ciel les coulours déshabillent sur la robe elle a un corps sous les bras des bruyéres mains lunules et pistils quandles eaux se déversent dans le dos avec les omoplates glauques le ventre un disque qui bouge la double coque des seins passe sous le pont des arcs-en-ciel ventre disque soleil les cris perpendiculaires des couleurs tombent sur les cuisses.


sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Diferença

Alguém sabe diferenciar ciúmes de sarcasmo?

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

À Mesa

Cedo à sofreguidão do estômago.
É a hora de comer.
Coisa hedionda! Corro. E agora,
Antegozando a ensangüentada presa,
Rodeado pelas moscas repugnantes,
Para comer meus próprios semelhantes
Eis-me sentado à mesa!
Como porções de carne morta...
Ai! Como os que, como eu, têm carne, com este assomo
Que a espécie humana em comer carne tem!...
Como! E pois que a razão me não reprime
Possa a terra vingar-se do meu crime
Comendo-me também.
Poema de Augusto dos Anjos