Ontem em um programa de canal aberto, uma pessoa nomeada "funkeira" contava orgulhosa que adorava ir ao baile do pancadão do Rio sem calcinha porque era exibicionista. Mas dizendo "durante a semana sou mãe de família, mas no funk me libero".
Por mim, o feminismo está ai, pode ter suas mudanças, dar suas grandes voltas e reviravoltas, as mulheres podem se orgulhar, gritar, tomar pílula, mostrar o sutiã, queimar livros, chutar o Freud, que no fim, tudo acaba em uma cachorra dançando pancadão sem calcinha. Essa é a vitória do feminismo? A liberdade das mulheres está feita, pronta e disparada para o que quisermos fazer e que todas nós andemos sem calcinha pela rua e tomemos cerveja no gargalo.
E quão grande é minha felicidade em saber que eu deixei de ser respeitada porque conquistei essa liberdade de ser uma igual, de ser "masculinizada"! Ótimo, eu posso assistir futebol junto com os caras e soltar um belo arroto! O problema é que essas diferenças convivem em extremos e o que as mulheres não enxergam (pelo menos as que se entitulam feministas) é que existem diferenças entre nós mesmas, que não são respeitadas. Agora, ser radical é mais bonito. Ser anti-estético, é interessante. Esquecer sua feminilidade ou tratá-la como uma força natural que se equipara ao macho, é o canal
(Neste momento uma feminista pula atrás de mim e me acerta na cabeça com um pedaço de pau).