terça-feira, 2 de outubro de 2007

Anti-estético

Ontem em um programa de canal aberto, uma pessoa nomeada "funkeira" contava orgulhosa que adorava ir ao baile do pancadão do Rio sem calcinha porque era exibicionista. Mas dizendo "durante a semana sou mãe de família, mas no funk me libero".

Por mim, o feminismo está ai, pode ter suas mudanças, dar suas grandes voltas e reviravoltas, as mulheres podem se orgulhar, gritar, tomar pílula, mostrar o sutiã, queimar livros, chutar o Freud, que no fim, tudo acaba em uma cachorra dançando pancadão sem calcinha. Essa é a vitória do feminismo? A liberdade das mulheres está feita, pronta e disparada para o que quisermos fazer e que todas nós andemos sem calcinha pela rua e tomemos cerveja no gargalo.

E quão grande é minha felicidade em saber que eu deixei de ser respeitada porque conquistei essa liberdade de ser uma igual, de ser "masculinizada"! Ótimo, eu posso assistir futebol junto com os caras e soltar um belo arroto! O problema é que essas diferenças convivem em extremos e o que as mulheres não enxergam (pelo menos as que se entitulam feministas) é que existem diferenças entre nós mesmas, que não são respeitadas. Agora, ser radical é mais bonito. Ser anti-estético, é interessante. Esquecer sua feminilidade ou tratá-la como uma força natural que se equipara ao macho, é o canal

(Neste momento uma feminista pula atrás de mim e me acerta na cabeça com um pedaço de pau).